sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

ATALHOS E ESPINHOS


Quantas vezes nós calamos
nos furtamos de falar
agradecer, dizer te amo
a uma amigo, a uma irmão
ou para a pessoa amada
quantas vezes nós ferimos
por sabermos calar
palavras fora de hora
frutos fora da estação;
trem sem demora, sem destino
pra trazer, levar embora
quantas telas colorimos
quantas delas refazemos?
semeamos os espinhos
pra chorar dor no futuro,
pra chorar feito menino
quantas vezes nos perdemos
nos atalhos do caminho
pensamos saber tudo
mas sabemos quase nada
tanta coisa nos ilude
tanta coisa nso seduz
nos batemos no escuro
procurando pela luz


GILBERTO D. FERREIRA

Um comentário:

Unknown disse...

Puxa Gilberto, me achei entre os versos deste poema...
Sem palavras... só uma me vem à mente:

M A R A V I L H O S O P O E M A!!!

bj