Sou teu vizinho,
moro ao teu lado, aí bem perto
e no entanto me situo lá longe
perdido nas esquinas da eternidade
vivendo nas multidões e nos desertos
morrendo no fim da noite
sufocado de saudade...
me trazes o calor do corpo teu
e a dor de voltar sozinho;
sinto que sou o vento ateu
que sopra na chegada da tarde,
sou o fogo, a chama que arde
nas noites frias de inverno
sou o silêncio triste e profundo,
sou o barco que abandona o cais lentamente,
sou a carta que falta no baralho da tua mente
Gilberto D. Ferreira
Poema retirado do livro "PERFUME DE MULHER"
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