No peito a saudade se faz
o olhar fica distante
na lembrança a vontade é gritante
de rever ao menos uma vez mais
No peito um nó apertado
desafina o compasso do coração
pássaros no coral mais afinado
mas na mente não há canção
No cresce a saudade
é grande a vontade de reencontrar
um amigo,um amor,um abrigo.
Um antigo recanto da felicidade
a ausência sentida é puro castigo
o peito é a praia,a saudade é o mar.
Soneto retirado do livro PERFUME DE MULHER
GILBERTO D. FERREIRA
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